A cesta básica de Feira de Santana apresentou queda de 5,33% no mês de maio. O valor levantado dos 12 produtos que compõem a cesta básica, nas quantidades suficientes para o sustento e bem-estar de um trabalhador em idade adulta, foi de R$ 501,48 nesse
mês.
Apesar dessa queda, a cesta básica acumulou alta de 7,60%, e, nos últimos 12 meses, o incremento foi de 19,38%.
Segundo a equipe de pesquisadores do curso de Ciências Econômicas da UEFS ligados ao Programa “Conhecendo a Economia Feirense: custo da cesta básica e indicadores socioeconômicos”, o tomate, que vinha registrando sucessivos aumentos, foi o principal responsável pela queda do valor da cesta, tendo seu preço reduzido em 28,87%.
Além do tomate, observaram-se quedas nos preços de outros seis produtos, entre eles a banana-prata, açúcar e arroz (-3,13%). Já outros cinco alimentos apresentaram elevação de preço médio, como o pão, feijão, óleo, café e leite.
Em relação ao trimestre, a alta verificada de 2,27% foi impulsionada pelo óleo de soja (27,34%), seguida pelas altas do feijão (24,57%), leite (18,59%), pão (12,59%), manteiga (10,28%). Outros cinco alimentos também apresentaram um aumento dos preços médios no trimestre, mas em menor intensidade que os apresentados anteriormente. Os dois produtos que registraram queda foram o tomate (-22,41%) e a banana-prata (-0,32%).
Nos últimos 12 meses, para a variação do valor da cesta, de 19,38%., apenas o arroz não contribuiu para o incremento, uma vez que foi o único alimento a registrar queda de preço médio (-9,71%). Tomando como referência os preços médios observados em maio de 2021, os alimentos que apresentaram as maiores altas foram o café (81,56%), o tomate (47,80%) e o óleo de soja (40,64%).
O almoço do feirense, composto por arroz, feijão e carne, respondeu por 38,03% do valor da cesta básica de maio, percentual superior ao observado em no mês anterior, que foi de 35,98%. A explicação para esse aumento está no preço médio do feijão, único alimento do almoço que teve incremento no valor (5,22%).
O café da manhã com produtos básicos, como o pão, manteiga, café e leite – representou 30,22% do custo da cesta, percentual também superior ao verificado no mês anterior, de 27,80%. Nesse caso, com exceção da manteiga, os demais itens do café da manhã apresentaram elevação de preço. As duas refeições juntas participaram com 68,25% do valor total da cesta.
No que se refere ao salário mínimo líquido vigente (salário mínimo descontado a previdência), o valor da cesta básica comprometeu 44,73% do ganho do trabalhador em maio. Trata-se de um comprometimento de 2,52 pontos percentuais a menos que o calculado em abril (47,25%).
Em relação ao tempo de trabalho gasto para a compra da cesta, verifica-se um consumo de 98 horas e 24 minutos em maio, Os dados mostram, também, uma queda do tempo de trabalho necessário para adquirir a cesta em 05 horas e 32 minutos em relação ao observado em abril.