Os cartórios brasileiros identificaram uma redução de 64% no registro de óbitos de pessoas entre 90 e 99 anos, de 49% entre as de 80 a 89 anos e de 6% entre a faixa etária de 70 a 79 anos, na comparação entre a média de óbitos desses grupos desde o início da pandemia e os primeiros 15 dias do mês de abril deste ano. A informação é da coluna de Guilherme Amado, da revista Época.
Os idosos da faixa etária entre 90 e 99 anos representavam, em média, 6,7% do total de atestados lavrados com causa da morte sendo Covid-19.
Em março, provavelmente já sob os primeiros reflexos da vacinação para esta idade, passaram a representar 3,5% dos atestados de óbitos e, nos primeiros dias de abril, 2,4% do total.
A faixa entre 80 e 89 anos passou de uma média de 20,6% do total de registros para 14,9% em março, e para 10,5% em abril.
Já os atestados de óbitos entre a população de 70 a 79 anos, que, em muitos estados, acabou de receber a segunda dose da vacina, passou de uma média de 25,7% do total para 24% em abril, dando início a uma redução.
Os dados são da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), cruzados com os dados históricos do estudo Estatísticas do Registro Civil, promovido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base nos dados dos próprios cartórios brasileiros. E podem ser pesquisados no Portal da Transparência do Registro Civil.