A Oxigenação por Membrana Extracorpórea (ECMO) é utilizada por alguns hospitais para o tratamento de pacientes em estado grave e com grande comprometimento respiratório em decorrência da Covid-19. O tratamento se tornou popular após os médicos do ator Paulo Gustavo recorrerem a ECMO, um pulmão artificial, para lidar com fístulas broncopleurais.
O ator está internado desde o dia 13 de março, por complicações da Covid-19 e segue na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), de um hospital na Zona Sul do Rio de Janeiro. Seu estado é considerado grave
Em entrevista ao programa Altos Papos, nesta quinta-feira, 22, o médico Marcelo Alcântara,
Pneumologista da Comissão Científica de Terapia Intensiva da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, explicou que a ECMO é “um recurso que usamos para tratar pacientes que estão com lesões muito graves que comprometem a função do pulmão”.
“O pulmão muito doente não consegue captar o oxigênio, nem jogar para fora o gás CO².
Essas membranas substituem a função dos pulmões. Assim o paciente é mantido vivo, enquanto o pulmão se recupera”, descreve o pneumologista.
Dr. Alcântara pontua também que essa é “uma indicação de exceção. A maioria dos pacientes não precisam de ECMO”, sendo o percentual de indicação pequeno um “abaixo de 1% dos casos”.
“A ecmo é uma ferramenta acessória para ganhar tempo e manter o paciente vivo, enquanto ele se recupera”, esclarece o médico que alerta para a necessidade de aumento da oferta desse tratamento.
Confira a entrevista completa no PodCast Altos Papos.