Desde o início da pandemia, 110 formas diferentes do novo coronavírus circulam ou circulavam pelo Brasil. As informações são de um levantamento feito a partir de dados inseridos por pesquisadores na plataforma genômica da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que inclui resultados de sequenciamentos genéticos feitos por outras instituições.
Em levantamento anterior foi constatado que havia até então 92 linhagens no país. Desde então, surgiram pelo menos 18, em um intervalo de 35 dias.
O pesquisador da Fiocruz, o biomédico Tiago Gréf, explica que esse sequenciamento é possível porque “através do genoma do vírus, a gente consegue saber qual a linhagem que está por trás”. A informação foi dada em entrevista ao programa Altos Papos, nesta quinta-feira, 13.
Tiago conta também que “apesar de a gente ter várias linhagens identificadas muitas foram importadas” e alerta que a “P1 tem várias mutações em várias partes do vírus”, por isso essa variante pode ser considerada uma “preocupação mundial, que domina a epidemia do Covid-19 no Brasil”.
O biomédico chama atenção para a importância da vacina, pois, “a pessoa mesmo vacinada pode se infectar com a P1, por exemplo, mas não terá uma doença grave. Mas pode transmitir para outras pessoas”.
Por isso, compartilhou a importância de se manter as medidas de distanciamento e de higiene.
“Enquanto a gente não tiver uma grande porção da população vacinada, há um risco de uma nova onda epidêmica”, assegura.
Confira a entrevista completa no PodCast Altos Papos.