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São Paulo atinge o maior número de mortes por dengue em oito anos

A capital paulista atingiu a marca de 10 óbitos causados por dengue, segundo o último boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde na terça-feira, 25. Esse é o maior número registrado pela cidade de São Paulo desde 2015, com 25 mortes.

Segundo a CNN, a Coordenadoria de Vigilância em Saúde, informou que as ações da pasta para combate à dengue, bem como a outras arboviroses, são fortes e constantes. No último dia 21 de julho, foram realizadas, segundo a prefeitura, 3.161.735 ações de prevenção ao Aedes aegypti, mosquito transmissor da doença.

No Brasil, há duas vacinas aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a Dengvaxia, produzida pela Sanofi Aventir Farmacêutica e aprovada em julho do ano passado, e a Qdenga, da empresa Takeda Pharma Ltda, aprovada pelo órgão em março deste ano.

Segundo a agência, o registro é de autorização para uso da vacina no país, tanto para rede pública quanto para rede privada, sendo seu uso dentro das indicações e condições aprovadas pela Anvisa, mas a incorporação de vacinas é de competência do Ministério da Saúde.

Eficácia das vacinas

O imunizante da Sanofi-Pasteur, a Dengvaxia, é destinado a pessoas de nove aos 45 anos de idade, mas apresenta eficácia maior para quem já contraiu a doença, soropositivos, enquanto as pessoas que nunca tiveram contato com o vírus, soronegativos, apresentam risco de hospitalização grave e, posteriormente, contraem a doença, logo, aumentando um risco um quadro mais grave para estes casos.

O imunizante deve ser aplicado em três doses com um intervalo de seis meses.

Já a Qdenga, apresenta um valor de eficácia global de 80,2%, calculado a partir da comparação dos resultados dos participantes, conforme publicado pela Anvisa.

Além disso, o produto é destinado à população pediátrica acima de quatro anos até adultos com até 60 anos e deve ser administrado via subcutânea, em duas doses, com intervalo de três meses.

O que diz o Ministério da Saúde

O Ministério da Saúde disse que trabalha para tornar a nova vacina contra à dengue acessível a todos por meio do SUS.

Informou também que no decorrer do mês março a pasta realizou diversas reuniões com a empresa responsável pela produção da vacina Qdenga, mas não há pedidos da Takeda Pharma Ltda. na Conitec, Comissão Nacional de Incorporação no Sistema Único de Saúde, para avaliação do imunizante.

“Estamos seguindo rigorosamente a análise técnico-científica para garantir o acesso a vacinas que se mostrem efetivas e estamos na expectativa da apresentação da proposta de incorporação por parte da empresa, com preços que considerem a abrangência do SUS e que reflitam o compromisso social das empresas que atuam no campo da saúde pública”, disse o Secretário do Ministério da Saúde em nota publicada.

O Ministério da saúde, completou, dizendo: “A Conitec assessora o Ministério da Saúde nas atribuições relativas à incorporação, exclusão ou alteração de tecnologias em saúde pelo SUS, bem como na constituição ou alteração de Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDT). A inclusão de novas terapias e tratamentos no SUS é avaliada pela Comissão, que atua sempre que demandada, considerando aspectos como eficácia, acurácia, efetividade e segurança”.

Por CNN Brasil

Foto: Joao Paulo Burini/Getty Images via CNN Brasil