Diante da alta do preço dos combustíveis no país e após articulação dos motoristas que, insatisfeitos, passaram a recusar parte das corridas oferecidas pelas plataformas, a Uber e a 99 decidiram modificar o padrão financeiro que foi adotado. A Uber informou que a mudança nas taxas, no entanto, serão referentes apenas ao repasse para os motoristas, sem impacto algum na vida do consumidor. Já a 99 confirmou que haverá mudança no preço da tarifa.
O reajuste era um pleito antigo da categoria, que tem sofrido bastante com a constante alta no preço dos combustíveis em todo o país. Por meio de nota, a Uber informou que não haverá aumento para o passageiro.
Segundo a Uber, a alta do preço do combustível tem feito com que a empresa promova uma revisão e reajuste “os ganhos dos motoristas parceiros em diversas cidades, em todas as modalidades”.
A 99 informou que aumentou as tarifas entre 10% e 25% em mais de 20 regiões metropolitanas, incluindo cidades como São Paulo, Belo Horizonte, Florianópolis, Brasília, Goiânia, Fortaleza, Salvador, São Luís, João Pessoa e Maceió.
“Os constantes reajustes dos combustíveis impactaram muito negativamente os serviços de transporte por aplicativo”, informou a 99 em nota.
“O aumento revisa os ganhos dos motoristas parceiros e foi definido levando em consideração a manutenção do equilíbrio da plataforma, para possibilitar que a população continue tendo acesso a um meio de transporte financeiramente viável, seguro e eficiente”, acrescentou a companhia.
Os motoristas dos dois aplicativos vinham se queixando da alta do combustível e de como o negócio deixou de ser lucrativo.
O presidente da Associação de Motoristas de Aplicativos de São Paulo, Eduardo Lima de Souza, chegou a afirmar que 25% dos motoristas de aplicativo deixaram de trabalhar para as plataformas desde o início da pandemia.