O ministro dos Esportes, André Fufuca, foi afastado nesta quarta-feira (8) do partido Progressistas (PP). A decisão do partido foi comunicada pelo presidente da legenda, Ciro Nogueira, dois dias depois do ministro declarar estar “ao lado” do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Na mesma ocasião, o ministro do Turismo, Celso Sabino, anunciou que vai permanecer à frente da pasta até o ano que vem, contrariando a ordem da direção nacional do União Brasil para o desembarque da gestão Lula.
Os partidos aos quais os ministros são filiados pressionavam para que ambos deixassem os cargos no governo. No caso do afastamento de Fufuca, o Progressista fez o anúncio por meio de uma nota pública.
“Diante da decisão de desobedecer a orientação da Executiva Nacional do partido e permanecer no Ministério do Esporte, o ministro André Fufuca fica, a partir de agora, afastado de todas as decisões partidárias, bem como da vice-presidência nacional do partido”, afirma o comunicado.
A nota ainda afirma que a Direção Nacional do Progressistas realizará intervenção no diretório do Maranhão, retirando o ministro do comando da legenda no estado.
“O partido reitera o posicionamento de que não faz e não fará parte do atual governo, com o qual não nutre qualquer identificação ideológica ou programática”, prosseguiu o comunicado.
Nesta segunda (6), Fufuca participou de evento ao lado do presidente Lula, no Maranhão. Mesmo com ultimato de seu partido para que ele deixasse o governo. Na ocasião, o ministro afirmou: “Eu estou com Lula”.
No início de setembro, a federação partidária formada pelo União Brasil e pelo Progressistas (PP) anunciou que filiados aos partidos deveriam deixar cargos no governo do presidente Lula.
O desembarque do governo faz parte da estratégia dos partidos para a eleição de 2026.
O comunicado anterior afirmava que “em caso de descumprimento desta determinação, se dirigentes desta Federação em seus estados, haverá o afastamento em ato contínuo. Se a permanência persistir, serão adotadas as punições disciplinares previstas no Estatuto”.
Por g1