O episódio do Podcast Altos Papos, disponibilizado nesta quarta-feira, 01, nas principais plataformas de streaming, discute sobre pobreza menstrual com a jornalista e oficial de desenvolvimento e participação cidadã de adolescentes e jovens do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Luiza de Sá Leitão.
A pobreza menstrual se define pela falta de recursos básicos (absorventes ou coletores menstruais, sabonetes, água, papel higiênico), infraestrutura adequada (banheiros seguros e bem conservados, saneamento básico, coleta de lixo) e conhecimento (quebra de tabus e preconceitos sobre o tema) para que mulheres e homens transexuais tenham plena capacidade de cuidar de sua menstruação. Assim, as causas da pobreza menstrual giram, principalmente, em torno da desigualdade social, uma vez que as pessoas mais atingidas por esse problema são as que não têm recursos para a compra dos itens de higiene ou não têm acesso a informações sobre o tema. De acordo com o relatório Livre para Menstruar, no Brasil, uma em cada quatro adolescentes não possui um absorvente durante seu período menstrual.
A jornalista explica que o absorvente deveria ser um item essencial em listas de compras por uma questão de acesso à higiene. “O Brasil é um dos países onde o absorvente é mais caro. Tem um imposto no absorvente, esse imposto faz com que ele seja um dos mais caros. Por que o absorvente não está na cesta básica? Ele tinha que ser um item de cesta básica. Se tem pessoas que menstruam em uma casa todo mês, então por que que não está ali? Tem relatos de meninas e meninos também, que utilizam papel higiênico, folhas de jornal ou de revista ou até sabugo de milho para tentar conter o fluxo. […] O acesso à itens básicos, itens de higiene no Brasil ainda é um grande fator de pobreza menstrual sério”, alertou.
Confira o episódio completo aqui: https://open.spotify.com/episode/1JsMFqfxuD2FIKhoVWBBb4?si=BDei5znrSlqO7nwsoFRnoA
O Podcast Altos Papos tem coordenação de Valdeir Uchôa, produção de Joanna Morbeck e João França, texto e roteiro de João França, apresentação de Sérgio Di Salles, João França e Joanna Morbeck e edição de Leno Santana.
