Duas sessões lotadas para a exibição gratuita do filme “Lupicínio Rodrigues, Confissões de um sofredor”, de Alfredo Manevy, marcaram a reabertura da Saladearte Cinema da Ufba nesta quarta-feira (29).
Cerca de 250 pessoas estiveram presentes na reinauguração do último espaço do circuito a ser reaberto depois do período de restrições impostas pela pandemia de Covid-19. “Foi uma prestação de contas às pessoas que nos apoiaram, não só financeiramente, mas com muito afeto nesse período difícil”, declarou a diretora Suzana Argollo.
Além das dificuldades que a pandemia trouxe ao setor cultural, o Circuito Saladearte também sofreu outra perda, a morte prematura e repentina de seu fundador, o produtor Marcelo Sá, em janeiro de 2022.
Como homenagem ao esteta, estará sendo exposta, nos próximos quatro meses, o acervo de artes colecionado por Sá. As obras também estarão à venda. “São obras que Marcelo adquiriu ao longo da vida e inclui artistas que, com o grande faro artístico que ele tinha, ele jogou luz e, hoje, são mais conhecidos”, avaliou Suzana.
A exposição inclui nomes como o argentino radicado baiano Reinaldo Eckenberg, o artista ilheense Goca Moreno e o artista plástico de Salvador Waldo Robatto.
O Cinema da Ufba foi o último do circuito – que também tem salas no Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM), no Museu Geológico e no Shopping Paseo – a ser aberto. Dois foram os principais motivos para o “atraso” da reinauguração. Um deles foi a distinção entre as regras sanitárias da universidade federal e os outros espaços da cidade.
Além disso, o espaço apresentou problemas estruturais neste retorno, como infiltrações no teto e no forro das salas. Com o bloqueio de recursos federais, a Ufba se viu sem caixa para fazer o reparo na estrutura do prédio, cuja manutenção é de responsabilidade da universidade.
Por Metro1
Foto: Suzana Argollo
