Todo paciente que precisa de transferência na Rede Estadual de Saúde vai e deve passar pela regulação. Essa é uma ferramenta que tem como função centralizar a demanda e oferta de leitos no estado, assim um paciente em Feira de Santana, por exemplo, tem o mesmo direito a ser internado no Hospital Geral do Estado, que fica localizado na capital Salvador, assim como um paciente que está na emergência do próprio hospital.
Em entrevista ao Programa Altos Papos, a Diretora de Regulação da Secretaria Estadual da Bahia, Rita de Cássia Santos, explica que “o critério de decisão é o mesmo utilizado nas emergência dos hospitais, que é o Protocolo de Manchester” – técnica que consiste em classificar os pacientes em 5 níveis, por gravidade. Mais de 470 pacientes aguardam regulação no estado.
“A gente utiliza basicamente o mesmo protocolo clínico, fazendo uma avaliação do paciente e da oferta que existe na região. Assim, a gente busca alocar o paciente na unidade mais próxima de onde o paciente está. Caso na região não haja vagas, buscamos vaga em outra região”, explicou Rita.
No momento, a Bahia possui 1300 leitos de UTI Covid, com “taxa de ocupação no estado girando acima de 80%, o que oscila porque ela é dinâmica, esse é um cenário do momento”.
Quando questionada sobre a efetividade das medidas restritivas, a diretora disse que foi observada uma estabilização dos números, mas não uma queda.
“A gente precisa avaliar se ele (lockdown) está acontecendo de forma efetiva. Ainda que haja um decreto, há uma desobediência da população e infelizmente o número não consegue ceder e não conseguimos o impacto que desejamos com essas medidas”, lamentou.
Confira a entrevista completa no PodCast Altos Papos.