Em ano eleitoral, Jair Bolsonaro e Hamilton Mourão explodiram seus gastos no cartão corporativo. Entre janeiro e maio deste ano, Bolsonaro gastou R$ 8,8 milhões, R$ 2,1 milhões a mais que no mesmo período do ano passado.
O vice Hamilton Mourão, por sua vez, mais do que dobrou suas despesas aproveitando o cartão corporativo. De R$ 249 mil entre janeiro e maio de 2021, o valor saltou para R$ 531 mil este ano. Mourão será candidato ao Senado, pelo Republicanos, no Rio Grande do Sul, e passou a viajar com frequência para o estado.
Uma análise dos dados do Portal da Transparência mostra que a tendência é de crescimento nos gastos com cartão corporativo ao longo dos quatro anos, no período entre janeiro e maio. Em 2019, o presidente gastou R$ 4,8 milhões no período; em 2020, R$ 7,9 milhões; em 2021, R$ 6,7 milhões; em 2022, R$ 8,8 milhões.
Já Mourão gastou R$ 219 mil entre janeiro e maio de 2019; R$ 260 mil em 2020; R$ 249 mil em 2021 e R$ 531 mil em 2022.
O cartão corporativo é um meio de pagamento usado por alguns integrantes do governo para despesas próprias, e funciona de forma similar ao cartão de crédito. Segundo o site do governo federal, o objetivo é “atender a despesas de pequeno vulto; despesas eventuais, inclusive em viagens e com serviços especiais, que exijam pronto pagamento; e despesas em caráter sigiloso”.
Tanto os gastos do presidente da República quanto os do vice são sigilosos.
Procurados por meio de suas assessorias, Jair Bolsonaro e Hamilton Mourão ainda não se pronunciaram. O espaço segue aberto para manifestações.
Por Metrópoles