O presidente Jair Bolsonaro (PL) pediu nesta quinta-feira, 29, que o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, seja afastado da ação que proibiu a realização de lives de cunho eleitoral no Palácio da Alvorada e no Palácio do Planalto. Como justificativa, Bolsonaro cita um “gesto de degola” feito por Moraes durante julgamento na Corte.
“A manifestação pública e objetiva por meio de gesto absolutamente parcial – como o de degola no curso do julgamento – não é consentânea com o dever de imparcialidade, impedindo que os fatos pontuados na grave ação de ação de investigação judicial eleitoral sejam analisados de forma justa, desapaixonada e imparcial”, afirmou.
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), fez um gesto com a mão no pescoço — popularmente associado ao ato de degola —, durante uma sessão na terça-feira, 27, que julgava se o presidente Jair Bolsonaro (PL) poderia fazer as lives.
A sessão foi transmitida pela Justiça Eleitoral e gerou críticas por parte de apoiadores de Bolsonaro.
O gesto não teria ligação com o julgamento, mas seria “uma brincadeira” com um assessor, sentado à frente de Moraes, que teria demorado a passar uma informação que o presidente do TSE havia solicitado. A apuração foi feita pela CNN junto a fontes do TSE.
“Não há como negar que a atuação do e. Ministro Alexandre de Moraes, notadamente do que tange ao comportamento de Sua Excelência em sessão, coloca em xeque a sua imparcialidade para o julgamento em apreço, sendo absolutamente legítima, portanto, a pretensão de afastá-lo do caso”, disse.
Por CNN Brasil
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