Altos Papos

Braga Netto diz a interlocutores que não pressionou golpe, mas que cobrava posição de comandantes

Um dos investigados por uma suposta tentativa de golpe do Estado, o general Walter Braga Netto, disse a interlocutores que não teria pressionaldo por um golpe, mas que  suas mensagens eram usadas apenas para cobrar que comandantes das Forças Armadas desses uma resposta à pressão imposta no final do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

As informações da CNN ainda apontam que Braga Netto defende que no período em que a Polícia Federal (PF) revelou uma troca de mensagens ele não ocupava um cargo no governo e que ele sofria com a pressão de militares da reserva e de apoiadores sobre o fim do mandato de Bolsonaro. Em sua versão, o general disse que a cobrança era para que os comandantes das Forças Armadas e o ministro da Defesa,  Paulo Sergio Nogueira, desse uma resposta final para concluir uma transição de governo sem muitos problemas.

Em conversas realizadas em novembro de 2022, quando bolsonaristas acampavam em frente aos quartéis o general trocou conversas com o  Ailton Barros, capitão reformado do Exército e criticou o comandante do Exército. “Meu amigo, infelizmente tenho que dizer que a culpa pelo que está acontecendo e acontecerá e do Gen. Freire Gomes. Omissão e indecisão não cabem a um combatente. Oferece a cabeça dele. Cagão”, disse.

Em outras mensagens trocadas com Ailton Barros, ele orientou ataques ao então comandante da Forças Aéreas Brasileiras (FAB), tenente-brigadeiro Baptista Junior, e o chamou de “traidor da pátria. Ele também orientou elogios ao almirante de esquadra Almir Garnier, que é investigado na suposta tentativa de golpe.

Por Metro1

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil