A Embratur, entidade ligada ao Ministério do Turismo, estimou que o Brasil deve receber aproximadamente 4,2 milhões de turistas internacionais ao longo de 2022.
É o maior número de visitantes vindos do exterior desde o princípio da pandemia de Covid-19, que teve início há pouco mais de dois anos.
No entanto, a quantidade de turistas previstos para esse ano ainda é menor em comparação com os períodos anteriores à crise sanitária, quando os números ultrapassavam os 6 milhões de turistas no país anualmente.
As informações fazem parte de um levantamento feito pela Embratur, a pedido da CNN, por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI).
Para 2022, a expectativa é que, por dia, cada turista internacional gaste aproximadamente US$ 47,65, segundo os dados do governo federal.
Na prática, com uma estadia média de sete dias, os viajantes vindos do exterior devem injetar pelo menos US$ 1,4 bilhão na economia brasileira ao longo deste ano.
Apesar do bom resultado econômico, o governo federal alertou que os números anteriores à pandemia de Covid-19 só devem ser alcançados em 2024.
“Diante de um cenário de muitas mudanças no horizonte do turismo devida à retomada gradual de público e demanda de viagens internacionais pós-pandemia, a expectativa atual da Embratur é de que cerca de 4,2 milhões de turistas internacionais visitem o Brasil ainda no ano de 2022. Ainda assim, é importante pautar que as estimativas atuais projetadas pela nossa área de Inteligência Competitiva e Mercadológica, preveem que a retomada dos números de turistas pré-pandêmicos só serão alcançados em 2024”, destaca o governo no comunicado via LAI.
Segundo os dados obtidos pela CNN, os turistas mais frequentes em território brasileiro virão de países da América Latina, Europa e América do Norte. E eles, por sua vez, têm preferência por cinco principais destinos no Brasil: os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador e Florianópolis.
Demanda reprimida
Os números de turistas estrangeiros mostram uma recuperação do setor no Brasil em 2022. De acordo com a Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (Braztoa), o resultado está atrelado à demanda reprimida após dois anos de pandemia.
“Este cenário mostra que a demanda reprimida por viagens segue se concretizando, com embarques mais próximos entre as pessoas de maior poder aquisitivo – vide o destaque para as viagens de luxo”, destaca o presidente da Braztoa, Roberto Haro Nedelciu.