O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, trocaram telefones e definiram que terão um canal direto de contato entre os dois — a exemplo do que fizeram os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Donald Trump.
A decisão foi tomada durante a reunião de pouco mais de uma hora que tiveram em Washington, nessa quinta-feira (16).
Vieira e Rubio estiveram a sós por cerca de 20 minutos. Depois, foi a vez de uma reunião ampliada, com a presença de assessores.
O encontro ampliado teve foco no comércio entre os países e nos pedidos do Brasil pela revisão do tarifaço e das sanções impostas a autoridades brasileiras.
As equipes dos dois países focaram na montagem de um cronograma de negociação.
Ficou acertado que uma primeira reunião técnica, entre negociadores brasileiros e uma equipe do governo norte-americano, será agendada para os próximos dias, de forma virtual.
Em nota conjunta divulgada após o encontro, Marco Rubio afirmou ter tido uma reunião “muito positiva” com o chanceler brasileiro.
Ainda segundo o comunicado, Rubio e Vieira concordaram em manter o diálogo e trabalhar para agendar um encontro presencial entre Trump e Lula “na primeira oportunidade possível”.
A reunião ocorreu 10 dias após Lula e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, conversarem por telefone. Na ocasião, o governo americano informou que Rubio ficaria responsável por liderar as negociações sobre as tarifas de 50% aplicadas a produtos brasileiros.
O encontro desta quinta-feira contou também com a presença do representante de Comércio dos EUA, Jamieson Greer, e abordou temas ligados ao comércio e a questões bilaterais em andamento.
Em uma coletiva de imprensa, o chanceler Mauro Vieira disse que a reunião foi marcada por “uma atitude construtiva”. O chanceler disse ainda que a conversa com Rubio é o início de “um processo auspicioso” para a reversão do tarifaço.
“Durante todo o encontro, prevaleceu uma atitude construtiva, voltada aos pontos da retomada das negociações entre os dois países, em sintonia e com boa química, o que foi decidido, sobretudo, no telefonema recente entre os presidentes Lula e Trump”, afirmou o ministro.
Por g1
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