O Brasil registrou o maior número de desastres naturais em 2023, segundo dados apresentados pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden). Foram registrados 1.161 eventos de desastres, sendo 716 associados a eventos hidrológicos, como transbordamento de rios, e 445 de origem geológica, como deslizamentos de terra. Na média, foram registrados pelo menos três desastres por dia. O número supera os registros de 2022 e 2020.
Foram registradas 132 mortes associadas a eventos relacionados a chuvas, com 9.263 pessoas feridas ou enfermas, e 74 mil desabrigados. Em questões econômicas, foram gastos R$ 25 bilhões, somadas as áreas pública e privada. Além de mais de R$5 bilhões em obras de infraestrutura e instalações públicas e unidades habitacionais.
De acordo com o mapa apresentado, a maior parte das ocorrências está localizada na faixa leste do país. Entretanto, Manaus lidera o ranking das cidades mais atingidas, com 23 casos. Seguido por São Paulo (22) e Petrópolis (18).
No quesito alertas, o Cemaden emitiu um total de 3.425 alertas para os municípios monitorados ao longo do ano passado, sendo 1.813 alertas hidrológicos e 1.612 alertas geohidrológicos. Sendo o terceiro maior quantitativo de emissão de alertas de desastres desde a criação do Centro em 2011. Petrópolis lidera o ranking de municípios, tendo recebido 61 alertas, seguido de São Paulo com 56, e Manaus 49.
Segundo o Cemaden, 2023 foi um ano peculiar em relação ao clima pelas transições do fenômeno La Niña para o El Niño. Ocasionando uma mudança no padrão das chuvas em relação à média histórica. Em nota publicada, o Centro reforça que é muito importante que os municípios fortaleçam as estruturas de defesa civil para que tenham condições de agir preventivamente e atuar rapidamente ante a iminência de um alerta recebido.
Por CNN Brasil
Foto: reprodução/CNN