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Brasil tem mais smartphones que habitantes, aponta FGV

O Brasil apresentou um aumento de casos de Covid-19 em todas as regiões durante a última semana epidemiológica, entre 15 e 21 de maio.

Os dados do Boletim InfoGripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgados nesta quinta-feira (26), mostram que aproximadamente 48% dos registros de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) foram decorrentes da doença. Além disso, 84% das mortes por SRAG também estão relacionadas ao coronavírus.

Apesar dos números serem referentes a um período de sete dias, o coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, ressalta que essa tendência já vem se repetindo há algum tempo. “Essa propensão vem sendo observada desde a semana epidemiológica de 24 a 30 de abril”, explica, acrescentando que “a estimativa é de 6 mil casos de SRAG na semana epidemiológica de 15 a 21 de maio”.

O pesquisador afirma ainda que o cálculo pode ter uma margem de erro. “Trabalhamos com estimativa para as semanas recentes, para compensar o atraso de digitação dos dados no sistema. Ou seja, estimamos que ocorreram 6 mil novos casos na semana 20, podendo variar entre 5,3 e 6,9 mil”, conclui.

Na análise regional, os pesquisadores destacam que 18 das 27 unidades federativas do país apontaram crescimento a longo prazo, ou seja, nas seis semanas anteriores. São eles: Acre, Alagoas, Amazonas, Amapá, Bahia, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Roraima, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins.

Já entre as capitais, 20 das 27 cidades também mostraram indícios de crescimento de casos. As exceções ficaram com Belo Horizonte (MG), Cuiabá (MT), Campo Grande (MS), Maranhão (MA), João Pessoa (PB), Porto Velho (RO) e Florianópolis (SC).

Até agora, no ano epidemiológico, a Fiocruz já notificou 141.808 casos de SRAG. Dentre os resultados positivos, 81,5% eram de SARS-CoV-2, nome técnico do vírus causador da Covid-19. Outros 5,1% de Influenza A e 0,1% de Influenza B, dois vírus responsáveis da gripe. Por fim, 8,1% das ocorrências eram de vírus sincicial respiratório (VSR).

Os smartphones ainda são os mais vendidos, segundo a pesquisa. Os dados mostram que são vendidos 3 celulares por televisão.

“Temos 447 milhões de dispositivos digitais (computador, notebook, tablet e smartphone) em uso no Brasil (corporativo e doméstico), ou seja, mais de 2 dispositivos digitais por habitante em junho de 2022. O smartphone domina a maioria dos usos, como nos bancos, compras e mídias sociais”, diz o levantamento.

Já em relação aos computadores, o estudo aponta que eles vão ultrapassar a população brasileira no início de 2023, com 216 milhões em uso até o começo do ano.

As vendas dos aparelhos em 2021 tiveram um crescimento de 27%, com mais de 14 milhões de unidades comercializadas. Para 2022, a pesquisa estima um crescimento perto de 10%.

O levantamento da FGV teve uma amostra de 2.650 médias e grandes empresas, retratando o cenário atual e as tendências de tecnologia do ambiente.

Por CNN