Altos Papos

Chance de medalha: baiano Keno Marley está “mais focado e seguro”, diz tia do atleta 

Com chances de chegar ao pódio, o baiano Keno Marley, uma das grandes promessas do boxe brasileiro, sobe ao ringue nesta quinta-feira, 1°, às 16h52, pelas quartas de final das Olimpíadas de Paris. Ao Altos Papos, a tia do boxeador, Maria Portmann, afirmou que o sobrinho começou no esporte por volta dos 13 anos de idade, em Conceição do Almeida, no interior da Bahia.

“Keno acompanhava o irmão mais velho nos treinos de boxe, assistia muitos filmes de luta, e foi aí que ele começou a se interessar pelo esporte. Começou a participar dos treinos e chegou a competir em Cruz das Almas. Ele ganhou essa competição, e olheiros de São Paulo que estavam lá assistindo a luta se interessaram por Keno e convidaram ele para participar de um campeonato em São Paulo”, detalhou.

Maria afirmou que com menos de 13 anos, Keno aceitou o convite para competir em São Paulo e conquistou o campeonato Galo de Ouro, um marco que impulsionou sua carreira. 

“Keno não tinha os 13 anos completos, mas mesmo assim abraçamos essa chance. Ele foi para São Paulo e venceu a competição Galo de Ouro, e a partir disso, ele seguiu em frente até entrar na Confederação Brasileira de Boxe”, declarou.

Segundo Maria, desde a participação de Keno na última Olimpíada, em Tóquio 2020, ele vem demonstrando um amadurecimento. “Desde a última olimpíada para cá, ele está mais focado e seguro de que é capaz de trazer uma medalha para a gente”, declarou.

Maria Portmann e Keno Marley | Foto: Arquivo Pessoal

Maria Portmann também relembrou um momento crucial na trajetória do boxeador. “Quando Keno estava com uns 15, 16 anos, ele tinha comprado uma passagem para passar as festas de final do ano aqui na Bahia, e falou comigo que não queria voltar para São Paulo, queria ficar aqui na Bahia para treinar na confederação daqui, só que eu fiquei um pouco preocupada. Conversei com ele e falei que se temos um objetivo, precisamos correr atrás, e lá em São Paulo ele já estava estabelecido e as portas se abririam com mais facilidade. Depois dessa conversa que tivemos, ele seguiu em frente”, contou.

Por Letícia Paixão sob supervisão de João França

Foto: Wander Roberto/COB