Cientistas baianos passaram a fazer parte de um grupo muito restrito de pesquisadores que produzem carne em laboratório.
Os cientistas trabalham com células tronco extraídas de carne bovina. No microscópio, elas são vistas parecidas com folhas. As células recebem nutrientes que estão em um líquido e se multiplicam.
“A gente precisa proporcionar a elas um meio nutritivo similar ao que acontece no organismo do animal. Então, a gente suplementa esses meios, esse conteúdo líquido no qual elas vão estar imersas, com aminoácidos, vitaminas, proteínas, açúcares, uma composição ali que a gente faz muito necessária pro crescimento celular”, explicou a engenheira de alimentos do Senai Cimatec, Tatiana Nery.
As mesmas proteínas contidas na carne são encontradas nas células, segundo os pesquisadores, e não é necessário o abate de um grande número de animais para extrair o material celular.
A carne produzida ainda não está sendo consumida nem em testes. O Brasil não tem, por enquanto, regulamentação para o consumo desse produto, ao contrário de Singapura, que já aprovou a venda de carne de frango de laboratório.
Por G1
Foto: Reprodução/Jornal Nacional