A vitória de Donald Trump nos Estados Unidos alvoroçou aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, que veem na proximidade dos dois personagens uma janela de oportunidade para reverter reveses jurídicos. O próprio ex-presidente, inelegível, deu declarações nesse sentido à Folha de S. Paulo nesta quinta-feira, 7.
Bolsonaro reconheceu ao jornal que sonha em disputar a presidência em 2026 — mesmo condenado pelo TSE e investigado em diversas frentes no Supremo. E mencionou o nome de Michel Temer, também ex-presidente, como possível vice em sua chapa, uma composição, segundo ele, aventada no grupo que o apoia.
Ao blog da jornalista Daniela Lima, do Portal G1, Temer disse ver a menção como um reconhecimento ao seu trabalho, mas afirmou que “está fora da vida pública”.
Em declaração enviada ao blog, revelada no Conexão GloboNews, Temer “lembra que está fora da vida pública”.
“Os bons governos demoram pra ser reconhecidos. Essa declaração ele [Temer] toma como um gesto de reconhecimento do bom trabalho que fez.”
A mensagem repassada pelo time de Temer termina afirmando que “O presidente Temer vive seu melhor momento tanto na advocacia como no no reconhecimento público”.
Temer foi o responsável pela indicação do ministro Alexandre de Moraes ao Supremo. Moraes é relator da maioria das ações que afetam Bolsonaro e seu grupo político.
No STF, a tese alardeada nas redes por bolsonaristas de uma eventual pressão de Trump e dos Estados Unidos surtir efeito na corte é rebatida entra a ironia e a indignação.
O exemplo mencionado é o de Elon Musk, que tentou uma queda de braço com a corte e a lei brasileira, e perdeu.
Por G1
Foto: reprodução/CNN Brasil