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De volta aos palcos, Nação Zumbi leva movimento Mangue Beat para o Carnaval do Pelourinho

Na final da noite desta sexta feira, 9, no Largo do Pelourinho, o grupo Nação Zumbi trouxe o mangue beat, movimento de contracultura nascido em Pernambuco na década de 1990, para dar o tom da festa no Circuito Batatinha. Com hits inesquecíveis, como Manguetown e Da Lama ao Caos, a banda celebrou no palco do Centro Histórico a diversidade e a resistência da cultura nordestina, através de uma mistura de maracatu, forró e coco, com influências nacionais e internacionais, como o samba, o hip-hop, o rock e o punk-rock.

Após uma pausa de cerca de três anos, o grupo garante fôlego para mais trinta anos. “Descansamos, veio a pandemia, um país polarizado, sem sorrir. E agora retornamos muito mais fortes, prontos para muita coisa nova”, festeja Jorge, também musico da banda.

O grupo, fundado por Chico Science, artista cuja morte precoce há 26 anos, interrompeu uma trajetória brilhante e promissora, tem uma legião de fãs na Bahia e também admiradores por todo país, como pôde ser visto na noite desta sexta no Pelô.

Para Marcelo Pereira, reencontrar a Nação Zumbi no Carnaval do Pelourinho é algo indescritível. “São 30 anos acompanhando a trajetória desses caras que vão na contramão, através de uma musicalidade tão única”, afirmou.

Com mais de 30 anos de carreira, o grupo comemora estar no Carnaval de Salvador. “Tocar aqui, especialmente no Pelourinho, nos faz muito bem, porque a Bahia e Pernambuco se conectam na música e na forma de honrar a arte de seu povo”, ressalta Dengue, um dos músicos.