O deputado Tarcísio Motta (Psol) declarou nesta terça-feira, 9, que o assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes, teve como objetivo amedrontar qualquer pessoa que tentasse enfrentar os interesses de milícias no Rio de Janeiro (RJ) em decisões políticas.
Motta foi ouvido pelo Conselho de Ética da Câmara dos Deputados como testemunha no processo que pode levar à cassação do mandato do deputado Chiquinho Brazão (sem partido), acusado de ser um dos mandantes dos homicídios.
“É sobre esse tipo de terror que nós estamos falando em relação ao assassinato de Marielle Franco. Era para causar terror naqueles que ousassem enfrentar o poder político desses milicianos nos parlamentos. Esta é a conclusão que o relatório da Polícia Federal [sobre o assassinato] tem apresentado e que, em minha opinião, faz todo sentido: há uma tentativa de nos amedrontar, de nos aterrorizar”, relatou.
O deputado ainda relembrou a morte de dois jornalistas queimados, que deu ínicio a CPI das Milícias, na Assembleia Legislativa do RJ, encerrada em 2008. A CPI foi presidida pelo então deputado estadual Marcelo Freixo, que tinha Marielle como assessora.
Por Metro1
Foto: Renato Araujo/Câmara dos Deputados