A Polícia Federal (PF) concluiu o inquérito contra o presidente Jair Bolsonaro para apurar a suposta disseminação de desinformação durante a pandemia de covid-19. No relatório final da investigação enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), a delegada responsável pelo caso, Lorena Nascimento, entendeu que Bolsonaro cometeu a contravenção penal de provocar alarma e o crime de incitação durante uma live transmitida em 21 de outubro de 2021.
No episódio, Bolsonaro disse que relatórios oficiais do Reino Unido apontaram que pessoas vacinadas desenvolveram o vírus da Aids, o que foi entendido como produção de desinformação “capaz de produzir alarma junto aos espectadores que tiveram acesso ao conteúdo”. Segundo a Sociedade Brasileira de Infectologia, não há relação entre a vacina contra a doença.
O documento também aponta a prática de incitação ao crime, previsto no art. 286 do Código Penal Brasileiro. Ainda no arquivo, Mauro Cesar Barbosa Cid, que auxiliou o presidente na produção dos conteúdos considerados como desinformação, também é acusado.
Com a finalização da apuração, o relator do inquérito, ministro Alexandre de Moraes, deve pedir parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR). Não há prazo para julgamento do caso.
Por Metro1
Foto: Isac Nóbrega/PR
