Altos Papos

Dino deixa o Ministério da Justiça e sucessor deve ser anunciado por Lula

Um dos principais personagens do dia 8 de janeiro, quando se completa um ano dos ataques golpistas à sede dos Três Poderes, o ministro da Justiça, Flávio Dino, se despede nesta segunda-feira, 8, do governo, conforme havia prometido quando teve a indicação para o Supremo Tribunal Federal aprovada, no final do ano passado.

A posse na Corte Suprema está marcada para o dia 22 de fevereiro, mas enquanto não assume a toga, Dino volta para o Senado, para onde foi eleito em 2022, após deixar o governo do Maranhão.

Dino já havia declarado que se manteria no cargo somente até este dia, até para que participe da cerimônia em defesa da democracia ainda no cargo, mas a partir de hoje começa a corrida para saber quem será seu substituto, confira a lista dos possíveis sucessores:

Ricardo Cappelli

Homem de confiança de Flávio Dino e que hoje ocupa o cargo de Secretário Executivo do Ministério. Desde o final do ano passado, Ricardo Cappelli tem atuado em agendas importantes e chegou a assumir a pasta em compromissos como o lançamento do aplicativo Celular Seguro – para coibir o furto e roubos de telefones – e a definição do esquema de segurança para o evento do dia 8 de janeiro. Antes de se despedir da pasta, Dino já havia reforçado publicamente o desejo de que a equipe montada por ele se mantivesse no ministério.

Ricardo Lewandowski

Outro nome que está na briga pela vaga é o do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, que deixou a corte um pouco antes de completar 75 anos,em 2023. Apontado como um dos favoritos para o posto, Lewandowski já teria dito que toparia a missão, caso seja convidado.

Wellington César Lima

O outro nome que corre por fora, mas com grandes chances de ser indicado, é o de Wellington César Lima, que trabalha como secretário Especial para Assuntos Jurídicos da Casa Civil, pasta chefiada pelo ministro Rui Costa (PT) – um dos padrinhos da indicação.

Na última sexta-feira (5), Lula esteve reunido com Wellington no Palácio do Planalto em um encontro que ocorreu durante a tarde, mas que só foi divulgado horas depois. Ele foi Procurador-geral de Justiça do Ministério Público do Estado da Bahia entre 2010 e 2014 e ministro da justiça por breve período em março de 2016, ainda no governo de Dilma Rousseff.

Marco Aurélio de Carvalho

Outro nome forta na disputa pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública é o do jurista Marco Aurélio de Carvalho, membro integrante do Grupo Prerrogativas e associado fundador da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD). Além disso, Carvalho também é amigo pessoal do presidente Lula, tendo atuado ativamente em sua campanha para presidência em 2022.

Além do apreço de Lula, o advogado também tem apoio do nomes graudos do Partido dos Trabalhadores, como o ex-presidente da silga e deputado federal Rui Falcão, com que Lula se reúne nesta segunda-feira, 8.

Na semana passada, o nome de Marco Aurélio ganhou ainda mais peso com o apoio de 60 grupos de movimentos sociais que assinaram o documento pedindo sua indicação para o Ministério da Justiça. Entre as entidadas estão a Uneafro, o Movimento Negro Unificado (MNU), o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e o coletivo 342 Artes.

Por Itatiaia

Foto: Tom Costa / MJSP