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Documentos sobre armas nucleares estariam entre itens procurados pelo FBI na casa de Trump, diz jornal

O jornal Washington Post informa nesta quinta-feira (11) que a operação do FBI na mansão do ex-presidente Donald Trump, na Flórida, na última segunda-feira (8), tinha como missão recuperar documentos confidenciais relacionados a armas nuclear.

O jornal afirmou que conversou com pessoas familiarizadas com o caso, mas que falaram sob condição de anonimato.

Segundo a imprensa americana, a operação fez parte de uma investigação que apura se Trump teria levado documentos sigilosos ao deixar a Casa Branca, em vez de entregá-los ao Arquivo Nacional, como prevê a lei.

Trump respondeu em uma rede social que “essa questão sobre armas nucleares é um boato”. O Departamento de Justiça e o FBI se recusaram a comentar o caso.

Procurador-geral

O procurador-geral dos EUA, Merrick Garland, revelou na quinta ter “aprovado pessoalmente” a busca realizada na casa de Trump e condenou os “ataques infundados” ao FBI, após a ação sem precedentes contra um ex-presidente americano.

Garland, que ocupa a função equivalente à de secretário de Justiça, não explicou o motivo da operação, mas ressaltou que há uma “causa provável” e que pediu a um tribunal a publicação de documentos do caso.

“Aprovei pessoalmente a decisão de solicitar um mandado de busca neste assunto”, disse Garland a repórteres. “O departamento não toma tal decisão de maneira leviana”.

As buscas realizadas pelo FBI esta semana na residência de Trump em Mar-a-Lago, na Flórida, desencadearam uma tempestade política num país já polarizado e com o ex-presidente cogitando uma nova candidatura à Casa Branca.

Personalidades republicanas deram apoio ao ex-presidente, que não estava no local quando a busca ocorreu. O ex-vice-presidente de Trump, Mike Pence, um possível rival em 2024, expressou sua “profunda preocupação” e estimou que a busca parecia motivada por “partidarismo”.

Garland criticou os “ataques infundados ao profissionalismo dos agentes e promotores do FBI e do Departamento de Justiça”.

Desde que deixou o cargo, Trump mantém grande influência sobre o Partido Republicano. O magnata segue alegando, sem provas, que venceu as eleições presidenciais de 2020.

Por G1 

Foto: Marco Bello/Reuters