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Elmar Nascimento deve liderar ‘blocão de Lira’ a partir de agosto

O líder do União Brasil na Câmara, deputado Elmar Nascimento (BA), deve comandar, a partir de agosto, o maior bloco partidário da Casa legislativa. O movimento é visto como mais um indício de que ele pode ser confirmado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), como candidato à sua sucessão. A informação foi publicada pelo portal G1.

Em abril do ano passado, o atual presidente da Câmara articulou a formação do “superbloco”, que hoje é formado por oito partidos (União Brasil, PP, PSDB, CIDADANIA, PDT, Avante, Solidariedade e PRD) e tem 161 deputados. Por esse motivo, o grupo ficou conhecido como “blocão de Lira”. O atual líder é o deputado Waldemar Oliveira (Avante-PE).

O bloco tem um rodízio de liderança a cada dois meses, mas aliados de Elmar dizem que ele pode ficar no cargo até o início de fevereiro do ano que vem. O período irá abranger o das eleições municipais, que reduzem de forma significativa o ritmo de funcionamento do Congresso Nacional para que os deputados acompanhem as disputas em suas cidades.

A eleição para a troca do comando da Câmara será em fevereiro de 2025 e Lira já adiantou que pretende articular o candidato que terá seu apoio em agosto. Além de Elmar, estão na lista o vice-presidente da Casa Marcos Pereira (Republicanos-SP) e o líder do PSD, Antonio Brtio (BA). Lira não confirma que busca uma candidatura única, mas admite que quer reunir o máximo de consenso para evitar disputas.

Segundo Lira, a articulação acontece “não pensando em um nome, mas na manutenção de tudo que o Legislativo conquistou, da posição que ocupa, da maneira como funciona”. Ou seja, “um perfil, com quem se encaixar melhor” na continuação dos trabalhos. “Eu não quero aqui ter a presunção de que o nome apoiado por mim vai ser o ganhador, porque não é assim que as coisas funcionam”. As falas foram dadas em entrevista ao jornal Valor Econômico, publicada na última quinta-feira, 18.

“O que eu tenho vontade de fazer é agora, em agosto, a gente arrumar essa situação na Câmara para que não fiquem três ou quatro candidatos do mesmo bloco, do mesmo grupo, disputando entre si uma coisa que pode ser insana para qualquer um ou para a Casa”, frisou na entrevista.

Por O Tempo

Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados