A assessoria do rapper Hungria afirmou, nesta terça-feira (7), que os exames do cantor detectaram a presença de metanol. Ele ficou quatro dias internado em Brasília após suspeita de intoxicação pela substância.
“De acordo com exames laboratoriais realizados pelo Laboratório Richet, da Rede D’Or, cujo resultado foi liberado em 06 de outubro, foi detectada a presença de metanol no sangue (0,54 mg/dL), acima do limite de referência (até 0,25 mg/dL). O resultado confirma a exposição à substância, e a equipe médica aguarda os exames de contraprova”, informou a assessoria do cantor.
Com base no laudo, a assessoria contesta a informação divulgada anteriormente pelo ministro da Saúde.
Na manhã de segunda-feira (6) – mesmo dia em que o resultado do exame foi liberado, segundo a equipe de Hungria –, o ministro Alexandre Padilha que afirmou que os exames do cantor não apontaram a presença do metanol.
Após a declaração, o caso do cantor foi descartado como suspeita no Distrito Federal.
Até a tarde desta terça (7), os órgãos oficiais ainda não tinham esclarecido o motivo da divergência – se algum exame anterior chegou a dar resultado negativo, por exemplo.
Veja a imagem do laudo enviado pela assessoria:
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A imagem mostra que a quantidade de metanol identificada no sangue foi de 0,54 mg/dL. Essa quantidade é:
- o dobro do “valor de referência”, de até 0,25 mg/dL, mas
- só 2,7% do valor mínimo para diagnosticar uma intoxicação, que é de 20 mg/dL.
Em nota, a Secretaria de Saúde informou que “não recebeu, até o momento, qualquer resultado oficial de exame que comprove a presença de intoxicação por metanol no sangue do cantor Hungria“.
Até a noite desta segunda, o Brasil contava com 17 casos confirmados de intoxicação por metanol, segundo balanço do Ministério da Saúde. Ao todo, o país contabilizava 217 notificações relacionadas ao consumo de bebidas alcoólicas adulteradas.
Por g1
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