A odontóloga Maria Laura Alves Baia, 25 anos, já está em casa após ser atingida por uma garrafa quebrada, que estava sendo utilizada por uma mulher em situação de rua, na Avenida Getúlio Vargas em Feira de Santana, na última sexta-feira (25).
Ao Acorda Cidade, Maria Laura contou que estava a caminho do trabalho, quando viu a mulher indo em direção à ela, mas não imaginava ser vítima de uma pessoa com deficiência e que utilizava muletas.
“Eu estava saindo do carro de aplicativo, indo para meu trabalho e chegando ao local, esta mulher apareceu com uma garrafa na mão. Ela estava vindo na minha direção eu só tinha visto até então, uma muleta na mão dela. As pessoas que me disseram depois, que ela estava com uma garrafa na mão, mas eu não tinha visto essa garrafa, foi o tempo de entrar para o meu local e ela me agrediu com essa garrafa no meu pescoço. Eu ainda fiquei com dó porque eu tinha visto ela apenas com uma perna só, mas depois eu tive dó foi de mim depois disso”, lamentou.
De acordo com Maria Laura, foram os colegas de trabalho que a conduziram até o hospital.
“No momento em que isso aconteceu, as pessoas do meu trabalho me socorreram. Depois chegaram outras pessoas, foram chegando e me acolhendo, me acudindo, ligaram para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas ficaram com medo da ambulância não chegar a tempo, me colocaram dentro de um carro e correram comigo para o hospital. Fiquei internada por um dia, e segundo o cirurgião que me atendeu, naquele dia eu estava renascendo, era o meu aniversário, porque não era para eu chegar viva naquele momento não, mais um pouco, tinha pegado na minha jugular e eu não teria chegado a tempo ao hospital. Precisei levar 16 pontos”, relembrou.
Maria Laura contou ao Acorda Cidade também, que nunca tinha visto a mulher e lamentou por ela estar livre nas ruas.
“Foi a primeira vez que tinha visto aquela mulher, logo de manhã cedo por volta de 7h20 e agora só resta a agradecer a Deus, pela oportunidade de vida que ele me deu novamente e as pessoas que me ajudaram, porque foi algo desesperador, eu lembro de tudo porque não cheguei a desmaiar, muito sangue escorrendo, foi uma verdadeira loucura, uma cena de filme. Infelizmente ela foi apenas conduzida e depois liberada. Depois que ela me atacou, fiquei sabendo que ela atacou outra pessoa também no ponto de ônibus, chegou a subir em um coletivo e ameaçou as outras pessoas, realmente, é um perigo para a sociedade”, concluiu.
Por Acorda Cidade