Recebemos no Altos Papos na tarde de ontem (23), a oftalmologista Dra. Monaliza Novais, que falou sobre os principais danos do uso excessivo da tela, fator que tem aumentado com o confinamento da maioria das pessoas em casa, devido à pandemia. Segundo ela, é Importante pontuar que somente o uso constante não é prejudicial à visão.
“A pandemia veio e trouxe mudanças à rotina das pessoas, as crianças não vão às escolas, estão expostas às telas para fins recreativos e às aulas online. Ouvimos vários casos de ansiedade, distúrbios de sono, problemas de coluna, tendinite e problemas de alteração no olho. A miopia é um dos fatores que têm progredido com o uso de tela, os dois principais fatores são a exposição e a menor exposição à luz natural. Os estudos confirmam que a luz natural é importante para ativar a dopamina. Além da miopia, tem a sensação de olho seco, que decorre pela exposição à luz azul e também à redução de piscar, outras queixas são a sensação de cansaço, por conta da acomodação.”, disse a oftalmologista.
Ela também explicou sobre a diferença de luzes, a ambiente e a de aparelhos, como celulares e televisores. “Tudo é questão de equilíbrio, uma coisa é o espectro de luz e o outro a intensidade, o dano é pelo espectro de luz, já a luz do ambiente se refere à claridade, o dano provocado pela luz azul é a questão de conforto. Muito jovem e adolescente zera a luz do dispositivo, mas não melhora, isso força ainda mais a visão para enxergar o que está na tela.”, disse a Dra. Monaliza.
O tempo de exposição e a precocidade são muito danosos, foi o que disse a oftalmologista, segundo ela, a Associação de Pediatria recomenda que crianças de de até dois anos não seja expostas, até cinco anos, uma hora por dia, de seis a onze anos, três horas por dia. “Para os adultos, eles precisam tentar moderar, fazendo os intervalos, a cada uma, duas horas, dá uma pausa de dez a vinte minutos, pois os músculos precisam descansar. Antes de dormir, evitar pegar no celular, são algumas dicas valiosas para tentarmos vencer esta batalha. É possível sim a gente minimizar isso, um médico especialista vai conseguir identificar, cada caso é um caso e podemos fazer o tratamento individualizado.”, concluiu a Dra. Monaliza.