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Feira de Santana: preços dos combustíveis aumentam e cesta básica se mantém estável

No mês de março o índice de preços dos combustíveis em Feira de Santana apresentou aumento de 1,96% em relação ao mês de fevereiro. A variação do índice foi impactada pelos preços da gasolina, do etanol, do GNV e do GLP que aumentaram 8,30%, 5,58%, 2,40% e 0,47%, respectivamente. Em contrapartida, o preço do diesel teve queda de 3,69%.

De acordo com a equipe do programa ”Conhecendo a Economia Feirense: o custo da cesta básica e indicadores socioeconômicos” da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), a relação entre os preços médios do etanol e da gasolina permanece elevada (0,79), o que faz com que o etanol siga pouco atrativo para o consumidor feirense que possuem veículos flex.

Os preços médios de cada combustível coletados no mês de janeiro foram os seguintes: gasolina (R$ 5,74/l), diesel (R$ 5,75/l), etanol (R$ 4,54/l), GNV (R$ 4,26/m³) e botijão de 13 Kg de GLP (R$ 103,30).

Com a queda 0,06%, o valor da cesta básica de Feira de Santana fechou em R$ 541,75 em março, ou seja, apenas trinta centavos mais barato que o apurado no mês fevereiro (R$542,05). No acumulado dos três primeiros meses do ano a cesta aumentou 4,75 %, e nos últimos 12 meses (março/22 a março/23) o incremento foi de 6,05%. Segundo a equipe do Programa ”Conhecendo a Economia Feirense:  custo da cesta básica e indicadores socioeconômicos da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs)”, dos 12 produtos que compõem a cesta, apenas dois registraram queda: o tomate (-12,41%) e óleo de soja(-4,83%).  Os demais 10 produtos, apresentaram majoração nos preços médios, sendo as mais expressivas as elevações nos preços da farinha de mandioca (9,69%), do leite (7,24%), do arroz (4,57%), do feijão (4,22%)e do café (3,61%). Os demais produtos apresentaram aumentos inferiores a 3%. Ou seja, em março, a maior parte dos produtos da cesta registrou aumento nos seus preços.

Os alimentos do almoço tradicional do cidadão feirense – arroz, feijão, carne e farinha –foram responsáveis por 39,29% do custo da cesta básica. Por sua vez, o café da manhã – composto por pão, manteiga, leite, café e açúcar – representou 34,40% do custo da cesta. Individualmente, a carne permanece como o item que mais pesa na sacola de compras do feirense. Com a aquisição da carne, o feirense gasta 24,25% de todo o valor destinado à alimentação. O pão e o tomate ocuparam o segundo e o terceiro lugares mais representativos na composição da cesta básica, participando com 15,23% e 14,07%, respectivamente.

No que se refere à participação dos alimentos da cesta no salário mínimo líquido vigente (salário mínimo descontado a previdência), constata-se que o trabalhador de Feira de Santana comprometeu 44,98% do seu ganho com a aquisição dos 12 produtos em março. Trata-se de um comprometimento de 0,03 ponto percentual menor que o calculado em fevereiro (45,01%). Quanto ao tempo de trabalho gasto para a compra dos produtos da cesta, verifica-se um dispêndio de 98 horas e 57 minutos.