Feira de Santana registrou, na última década, uma redução de 2,5% na taxa de analfabetismo e possui 32.404 pessoas de 15 anos ou mais que não sabem ler nem escrever, segundo apontam os dados do Censo 2022, divulgados nesta sexta-feira, 17, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O município, que avançou duas posições, ocupa o oitavo lugar no ranking de cidades da Bahia com menores taxas de analfabetismo.
“Feira de Santana teve uma pequena melhoria no ranking baiano do analfabetismo. O município teve uma queda de cerca de 6 mil pessoas analfabetas entre 2010 e 2022, além de uma redução na taxa de analfabetismo. Apesar disso, Feira ainda está entre os cinco municípios com mais de 500 mil habitantes que têm as maiores taxas”, afirmou a analista Mariana Viveiros, do IBGE/BA.
Número no Estado
A Bahia registrou queda de 17,8% na população de não alfabetizados, mas continua com o maior número absoluto do país (1,4 milhão). Além disso, o estado também permaneceu entre os dez piores do Brasil em taxa de analfabetismo.
“O Censo Demográfico demonstrou que houve uma redução do analfabetismo entre 2010 e 2022 em todo o Brasil e na Bahia, em todos os 417 municípios do estado. A Bahia teve melhorias, mas não foram suficientes para fazer o estado avançar posições no ranking nacional”, explica Viveiros.
Analfabetismo em cidades populosas
Com 619.609 habitantes, Feira de Santana é a maior cidade do interior da Bahia. E, quando comparada com os 41 municípios no país que possuem mais de 500 mil habitantes, aparece entre os cinco com piores taxas de analfabetismo. A lista é encabeçada por Maceió (8,4%) e a última posição é dividida por Feira de Santana (6,6%) e Natal (6,6%).
“Cidades maiores, como Feira de Santana, geralmente têm uma estrutura de educação mais antiga, mais estabelecida e que atende mais pessoas. O analfabetismo é uma dívida histórica da educação baiana com pessoas que não conseguiram adquirir essa habilidade tão básica para a vida na idade apropriada e nem foram atendidas depois por programas de alfabetização. É uma questão que vem melhorando, mas apresenta um desafio imenso, sobretudo para a Bahia, onde você tem 1 em cada 10 analfabetos do país”, explica Viveiros.