Ex-presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), hoje assessor científico sênior de Bio-Manguinhos, o médico veterinário Akira Homma afirmou que o brasileiro vai conviver por muito tempo com a Covid-19, de acordo com uma publicação feita ontem (30) pelo jornal Folha de S. Paulo.
Segundo Akira, há uma escassez grande de vacinas, alvo de disputas em todo o mundo. Além disso, citou que nunca testemunhou tanta resistência à vacinação como nos dias de hoje. Homma também alertou para o risco de o Brasil não alcançar a ‘imunidade de rebanho’, caso 20% da população se recusem a ser vacinados.
“Se esse grupo [dos negacionistas] chegar a 20%, será prejudicada a formação de proteção de rebanho”, adverte Homma, que tem 82 anos, 53 deles dedicados à Fiocruz.
Na direção de Bio-Manguinhos desde 1976, o pesquisador explica que o Brasil encomendou os componentes do laboratório chinês porque os americanos estavam retendo a vacina para consumo nos Estados Unidos. “Os americanos estavam sequestrando a vacina, não era estrategicamente seguro negociar com laboratórios americanos”, explicou.