Quase 50 horas depois do vendaval que atingiu cidades da Grande São Paulo, a Região Metropolitana ainda tem 754 mil imóveis às escuras, segundo o boletim publicado pela concessionária Enel às 8h desta sexta-feira (12). No pico, na quarta (10), o apagão atingiu 2,2 milhões de imóveis.
A falta de energia afeta serviços essenciais, como semáforos, abastecimento de água e mobilidade urbana. Já os aeroportos de Congonhas, na capital, e de Guarulhos, que tiveram dias de caos e cancelamentos, estão com operação normalizada.
Segundo o levantamento da empresa, a capital paulista tem 556 mil endereços sem energia, liderando as cidades da área de conces
Percentualmente, Juquitiba, Embu das Artes e Cotia registram o maior número de casas ou comércios sem energia elétrica.
Em Juquitiba, 32,85% dos imóveis estão sem luz. Já Embu tem 26,11% e Cotia, 17,40%.
Na manhã de quarta-feira (10), ventos atingiram a capital e a região metropolitana com rajadas de 96 km/h.
A concessionária informou que não há prazo para normalizar 100% do serviço.
A concessionária informou que “restabeleceu o fornecimento de energia para cerca de 1,8 milhão de clientes, dos 2,2 milhões afetados”.
A empresa disse que “outros cerca de 500 mil novos casos ingressaram ao longo do dia de ontem com solicitação de atendimento, em decorrência da continuidade dos ventos pela manhã”.
No momento, a companhia afirmou que “trabalha para restabelecer o serviço para cerca de 830 mil clientes (9,8% da base da distribuidora)”.
Em seu site, a Enel responsabilizou os ventos fortes pela falta de energia:
“Nossa área de concessão foi afetada por um um ciclone extratropical e um vendaval histórico, segundo o Inmet, que perdurou por cerca de 12 horas nessa quarta-feira”, informa trecho do comunicado. “As fortes rajadas de até 98km/h derrubaram árvores e lançaram galhos e outros objetos sobre a rede elétrica.”
Em entrevista ao Bom Dia São Paulo da TV Globo na quinta, o diretor regional da empresa, Marcelo Puertas, atribuiu os problemas aos ventos constantes.
Nós estávamos preparados, sabíamos que ia entrar esse efeito climático. Porém, não sabíamos que ia durar o dia todo. Isso é completamente diferente das outras crises.
Na quinta, pátios lotados de veículos de manutenção da concessionária foram vistos em três pontos da cidade. A Enel justificou que os carros parados pertencem a equipes de diferentes turnos.
Foto: Reanto S. Cerqueira/ Ato Press/Estadão Conteúdo
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