Altos Papos

Investigações contra Bolsonaro podem ter efeito positivo em eleições municipais na Bahia, diz João Roma

O ex-ministro da Cidadania e atual presidente do PL da Bahia, João Roma, afirmou, em entrevista ao programa Altos Papos nesta segunda-feira, 16, que as investigações que o ex-presidente é alvo podem ter efeito positivo para o partido nas resultado das eleições municipais de 2024, na Bahia.

“Eu acredito mais na tese do efeito reverso, porque são tantos temas que às vezes parece uma gincana, toda hora surge um tema novo para tentar imputar um dolo no presidente Bolsonaro e passo a passo cada uma delas vai caindo por terra, a população brasileira, principalmente a mais simples tem observado isso. O partido tem buscado cada vez mais se apropriar da imagem do ex-presidente Bolsonaro e da primeira-dama Michelle”, disse Roma, que é um dos possíveis candidatos à prefeitura de Salvador.

Em julho deste ano, por maioria de votos (5 a 2), o Plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) declarou a inelegibilidade do ex-presidente da República Jair Bolsonaro por oito anos, contados a partir das Eleições 2022. Ficou reconhecida a prática de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação durante reunião realizada no Palácio da Alvorada com embaixadores estrangeiros no dia 18 de julho do ano passado.

O ex-presidente é também investigado no escândalo da venda ilegal de joias, acusação que faz parte do processo que corre dentro do inquérito das milícias digitais no Supremo Tribunal Federal (STF) e possui outras quatro linhas de investigações: os atos antidemocráticos, os ataques ao processo eleitoral, a disseminação de desinformação durante a pandemia e a tentativa de golpe de Estado. Há também inquérito sobre o suposto envolvimento do capitão reformado em um esquema de fraude nos seus registros de vacinação contra a covid-19, usado em viagens ao exterior.

Nesta terça-feira, 17, a relatora da CPI dos Atos Golpistas, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), pediu o indiciamento de Jair Bolsonaro (PL) por quatro crimes: associação criminosa;
tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito; tentativa de depor governo legitimamente constituído; e emprego de medidas para impedir o livre exercício de direitos políticos.

Foto: Fábio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil