O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, disse, na manhã desta segunda-feira (11), que a Secretaria de Segurança Pública do estado (SSP-BA) segue em busca do segundo executor de Mãe Bernadete e a motivação do crime. Ele ainda afirmou que pedidos de proteção a quilombolas aumentou na Bahia, após a morte da liderança no final de agosto.
“Nós estamos no encalço daquele outro. Segundo informações foram dois (executores) e a determinação minha ao secretário de Segurança Pública e à delegada-geral é que a gente vai atrás. Não descansaremos enquanto não entregarmos à sociedade brasileira e baiana este outro criminoso”, disse o governador.
De acordo com Jerônimo Rodrigues, o governo da Bahia também tem discutido com a ministra Rosa Weber e os ministros Flávio Dino e Rui Costa formas da polícia baiana ajudar a Polícia Federal nas investigações do assassinato do filho de Mãe Bernadete, Binho, em 2017. O crime ainda não foi elucidado.
“A investigação vai apertar o suficiente para descobrir qual a motivação, se tem, e quem são os mandantes”, afirmou nesta segunda.
“Eu estou colocando a inteligência nossa, e as investigações nossas para ajudar a resolver o problema da investigação da morte do jovem Binho. Como está com a responsabilidade federal, nós queremos ajudar”, completou.
O governador da Bahia informou que depois da morte da mãe Bernadete, a gestão estadual passou a receber mais pedidos de proteção para outras comunidades quilombolas na Bahia.
O gestor estadual falou sobre outros caos de violência no estado, como a chacina de Mata de São João, que terminou com 10 mortos. Jerônimo disse ter cobrado celeridade nas investigações, mas lamentou não ter conseguido evitar o crime.
“Foi dentro de casa. Não tem como a gente colocar policial de casa em casa”, ponderou.
Na semana passada, Três homens foram presos na Bahia pelo envolvimento na morte da líder quilombola e ialorixá Bernadete Pacífico. O crime foi cometido na noite de 17 de agosto, no Quilombo Pitanga dos Palmares, em Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador.
O anúncio das prisões foi feito pelo secretário Marcelo Werner, nesta segunda-feira (4), durante coletiva da Secretaria de Segurança Pública do estado. A delegada-geral da Polícia Civil, Heloísa Brito, e a diretora-geral do Departamento de Polícia Técnica, perita criminal Ana Cecília Bandeira, também participaram do anúncio.
De acordo com a SSP, os presos têm diferentes participações no crime:
1. Suspeito de ser um dos executores do crime;
2. Suspeito de guardar as armas do crime e preso por porte ilegal de arma de fogo;
3. Suspeito de receptação dos celulares da líder quilombola e de familiares, roubados durante o homicídio.
Por G1
Foto: João Souza/g1