Em decreto publicado no final da tarde desta sexta-feira (19) a prefeitura de Feira de Santana divergiu da determinação do Governo do Estado de proibir o serviço de delivery de alimentos, durante o toque de recolher que passa a valer até o dia 25 de fevereiro das 22h às 05h. Para Izabel Marcílio, Diretora do Centro de Operações de Emergência em Saúde (Coes), da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (SESAB), a decisão do governo municipal de permitir o serviço é equivocada.
“Lamentável que não queiram seguir essa conduta. Oriento que seja seguido o que foi aconselhado em decreto estadual”, disse a diretora, em entrevista ao Programa Altos Papos.
Izabel reforçou a preocupação com as taxas de ocupação dos leitos de UTI que marcavam 83% em Feira de Santana, até o final da tarde desta sexta-feira e pontuou a possibilidade de prorrogação do decreto e até mesmo o endurecimento das medidas de restrição, caso não haja uma queda nas taxas de mortalidade, ocupação e infecção.
“O ideal é o 0%. […] Mas esperamos atingir uma taxa baixo dos 65% em um período estável. Observar uma estabilidade ou queda”, explicou.
O toque de recolher na Bahia vale para 343 cidades. De acordo com o decreto, os estabelecimentos comerciais e de serviços deverão encerrar as atividades até as 21h30. Estabelecimentos comerciais como shoppings, bares e restaurantes, além de postos de gasolina que vendem bebidas alcoólicas deverão estar fechados e vazios às 22h.
A determinação não se aplica ao funcionamento dos terminais rodoviários, metroviários e aeroviários ou ao deslocamento de funcionários e colaboradores que atuem na operacionalização destas atividades. Confira a entrevista completa no Podcast Altos Papos.