Altos Papos

Lúcio Vieira Lima minimiza isolamento de Colbert no MDB e diz que ajudas pessoais e da sigla o tornaram prefeito de Feira

Em entrevista ao programa Altos Papos, da Princesa FM, o ex-deputado federal e Presidente de Honra do MDB, falou sobre política nacional e também local, quando detalhou a sua relação com um possível desgaste com o prefeito de Feira, Colbert Martins Filho.

Segundo ele, tudo não passa de boatos. “Eu vejo sempre muito ‘ti ti ti’, disse me disse, nós temos uma amizade grande, o velho Colbert Martins foi uma figura respeitada não só pela minha família, mas por toda a Bahia, um diferencial na política baiana e brasileira, uma história que por si só, fala tudo. O Colbert Martins Filho, morou na minha casa, foi suplente de deputado, assumiu por dois anos e morou no meu apartamento, e lá não pagava alimentação, funcionário, nada. Era casa, comida e roupa lavada, então não posso dizer que não sou amigo, que não me dou bem com Colbert Martins. Procurei sempre ajudá-lo no Congresso, até pela facilidade de relacionamento que eu tinha, pela amizade que tinha e tenho com os caciques do MDB, como Romero Jucá, Baleia Rossi, Michel Temer, entre outros, que foram construídas ao longo do tempo”, disse.

Lúcio também falou sobre os rumores de Colbert Filho deixar o MDB e destacou que sempre ajudou o prefeito de Feira em diversas situações para que ele pudesse alcançar o congresso e também a prefeitura da segunda maior cidade da Bahia. “Colbert era do PPS e veio para o MDB, se elegeu deputado. Estou ouvindo muito essa história da possibilidade de que vão tomar o MDB de Colbert. Primeiro que o MDB aí está sem diretório, então não foi o estadual nem o nacional quem permitiu que fosse extinto, foi extinto antes da eleição por falta de uma correção, esse foi o fato, então não temos que tomar MDB de ninguém. Segundo, tomar MDB para que? Vamos supor até que tivesse alguma divergência com o prefeito Colbert, se tivéssemos e fosse para brigar, eu brigaria antes, até não daria a legenda no caso para ele ser candidato a prefeito, mas ao contrário, o que teve foi a questão política.’ explicou.

O ex-deputado ainda afirmou que se não fosse o apoio do grupo, em especial do MDB, o prefeito Colbert Filho não teria chegado à prefeitura de Feira. “Ele era vice de José Ronaldo no mandato anterior e gostaria de assumir a prefeitura, que era o sonho dele e nunca tinha conseguido realizar. Nós o ajudamos muito neste sentido. Muita gente ligava para Geddel e até para mim e perguntavam o porquê de não levarmos o Tarcísio. Nós sempre respeitamos, nunca mostramos nenhum desejo em mexer com Colbert, mesmo com o prestígio que tinha. Era vice-prefeito e não tinha eleito sequer um vereador e nem por isso. Nós sabemos que todo mundo tem dificuldades, nós tivemos o processo judicial, da mesma forma que Colbert viveu e vive, e nós respeitosamente entendemos e o prestigiamos nessa época e foi o que permitiu que ele chegasse à tão sonhada prefeitura de Feira de Santana.”, contou.

Também nas últimas semanas, uma disputa interna no partido aqui na Bahia tem ganhado força, principalmente na mídia, tudo isso após uma troca de farpas entre o prefeito Colbert Filho e o presidente da Câmara Municipal de Salvador, Geraldo Júnior. Lúcio minimizou a situação e disse que o único objetivo é fortalecer a sigla. “Recentemente teve a situação com o Geraldinho, um disse que pato novo não mergulha fundo, outro disse que ganso velho fala demais, que a carne é dura… Eu não estou aqui para ficar brincando de fala e corre, estamos aqui para formar um partido forte para termos candidaturas se possível a governo do estado, presidente da república, coligar com o que seja melhor para a Bahia e para o Brasil.”, concluiu.