Altos Papos

Marlede Oliveira atribui retorno às aulas ao pagamento de juros dos Precatórios; votação segue suspensa na Alba

As aulas na rede estadual de Feira de Santana, que estão suspensas desde a última terça-feira, 18, deverão ser retomadas assim que o pagamento de juros dos precatórios do Fundo de Desenvolvimento da Educação Fundamental (Fundef) forem assegurados pelo Governo do Estado. A informação foi dada pela diretora-presidente da APLB Sindicato, Marlede Oliveira, ao Portal Altos Papos.

A votação do PL dos Precatórios foi suspensa na Assembleia Legislativa (Alba) na última segunda-feira, 21, e diante disso, os professores decidiram manter a paralisação das atividades até que o projeto seja apreciado.

“O Estado teve direito a receber R$ 10 bilhões e isso tem juros. Feira de Santana também recebeu, desde 2018, mas o prefeito[Colbert Filho] não quer pagar. Queremos o juros e correção monetária porque a lei n° 14.325 é clara: o pagamento é integral. O único estado que não está pagando com juros é a Bahia”, afirmou a sindicalista.

Marlede ressaltou ainda que a categoria não pode ser culpabilizada por reivindicar seus direitos que, segundo ela, são legítimos. “Quando fazemos a greve, parece que só prejudica os alunos. Fazemos porque é o último recurso. Agora, eu pergunto: porque sem greve Colbert não paga os precatórios e o piso salarial dos professores? Atualmente, em Feira, faltam 400 professores na rede municipal. Tem aluno que não teve aula de português e matemática desde março. Por isso, às vezes, a greve precisa acontecer”, justifica.

Foto: Taiuri Reis/Altos Papos