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Megaoperação no Rio: chefes do tráfico na Bahia e em Feira de Santana estão entre os 117 mortos

A Cúpula da Segurança Pública do Rio de Janeiro confirmou na manhã desta sexta-feira, 31, que seis criminosos baianos foram mortos durante megaoperação da polícia do Rio de Janeiro nos complexos da Penha e do Alemão na terça-feira, 28.

Segundo o secretário de Polícia Civil, Felipe Curi, dos 117 suspeitos mortos na Operação Contenção, 99 já foram identificados.

Entre os identificados, 39 são de outros estados (13 do Pará, 7 do Amazonas, 4 do Ceará, 4 de Goiás, 3 do Espírito Santo, 1 do Mato Grosso e 1 da Paraíba).

Do total de 117, 78 tinham histórico criminal (homicídio, tráfico de drogas, etc), sendo que 42 tinham mandados de prisão em aberto.

Entre os chefes mortos estão:

DG, chefe do tráfico na Bahia (BA);
FB, chefe do tráfico na Bahia (BA);
Mazola, chefe do tráfico em Feira de Santana (BA);
PP, chefe do tráfico do Pará (PA);
Chico Rato, chefe do tráfico em Manaus (AM);
Gringo, chefe do tráfico em Manaus (AM);
Russo, chefe do tráfico em Vitória (Espírito Santo);
Fernando Henrique dos Santos, chefe do tráfico em Goiás (GO);
Rodinha, chefe do tráfico em Itaberaí (GO).

Segundo Curi, os complexos da Penha e do Alemão passaram a ser o QG do Comando Vermelho em nível nacional, e o centro de decisão para todos os outros estados em que a facção criminosa tem atuação.

“A investigação e as informações de inteligência mostram que lá nos complexos da Penha e do Alemão são onde são feitos treinamentos de tiros, para os marginais serem formados aqui e voltarem aos seus estados de origem para disseminar a cultura da facção”, afirmou o secretário.

Desde terça, agentes do Instituto Médico-Legal (IML) do Centro do Rio realizaram uma força-tarefa para identificar os corpos. Além dos 117 suspeitos, 4 policiais, dois civis e dois militares, também morreram na ação. Os corpos dos agentes mortos já foram enterrados.

Mais cedo, em uma rede social, o governador Cláudio Castro disse que vai continuar trabalhando. “Nosso trabalho é livrar a sociedade do tráfico, da milícia, de todo aquele que prejudica o nosso direito de ir e vir. Nós continuaremos trabalhando com técnica e respeito à lei, para que a gente possa estar devolvendo o direito de ir e vir”, afirmou Castro.