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Ministério da Justiça descarta intervenção federal no Rio; governo discute reforço da PF

O governo Lula descarta, por ora, uma intervenção federal no Rio de Janeiro. Caso a medida fosse adotada, o governo poderia usar as Forças Armadas contra os criminosos.

O que está em discussão no governo Lula é como a Polícia Federal pode reforçar a segurança pública nas investigações e no combate ao crime organizado.

Lula deve conversar nesta terça-feira, 24, com o ministro da Defesa. Flávio Dino acredita que as forças armadas podem atuar na fiscalização, por exemplo, de armas e fluxo de drogas para “asfixiar economicamente” o crime organizado.

O presidente Lula deve também ter uma nova reunião nesta terça-feira, 24, com o ministro da Casa Civil, Rui Costa.

O secretário executivo da Justiça confirmou que não há consideração de intervenção federal, por ora.

“No momento, não. Não está na pauta”, disse Cappeli.

O uso turbinado da PF no Rio é defendido também por setores da política fluminense.

A morte de um miliciano provocou um dia de terror na Zona Oeste do Rio na tarde de segunda-feira, 23. Ao menos 35 ônibus e 1 trem foram queimados a mando de criminosos na região.

Armas roubadas

Capelli também deve visitar a Condor, maior empresa de armas não letais do país. Isso porque a empresa diz possuir sistema de rastreamento de todas as armas que vendem – o que, para o Ministério de Justiça, pode ser uma forma de monitorar as armas, evitando o que ocorreu no exército.

As 21 metralhadoras de grosso calibre furtadas do quartel de Barueri, na Grande São Paulo, foram oferecidas à maior facção criminosa do Rio de Janeiro.

Segundo o g1, a Polícia Civil do RJ teve acesso a um vídeo que também foi encaminhado para o Exército com a imagem de quatro metralhadoras. A força já incluiu as imagens no Inquérito Policial Militar que apura o desvio do armamento.

De acordo com as investigações, a oferta das armas aconteceu há pouco mais de um mês, após o feriado de 7 de setembro. O grupo que furtou as metralhadoras pediu, por cada ponto 50, R$ 180 mil.

Por G1

Foto: Pedro Kirilos/Estadão