Em entrevista à Rádio Metrópole, Fábio Vilas-Boas disse que governo federal dá “informações soltas” sobre a logística de entrega
Em meio à expectativa para a chegada das primeiras doses da vacina CoronaVac, o secretário estadual de Saúde, Fábio Vilas-Boas, relatou que o Ministério da Saúde mudou a logística de distribuição do imunizante sem dar explicações prévias. Em entrevista a José Eduardo na Rádio Metrópole, na manhã de hoje (18), Vilas-Boas afirmou que a primeira previsão de entrega seria às 8h50, mas o horário foi alterado para as 18h.
“Deixei tudo pronto aqui no Grupamento Aéreo da Polícia Militar (Graer), as pessoas, as caminhonetes, os caminhões, voos fretados, helicópteros, tudo pronto. Aí hoje, por volta das 6 horas, a gente recebe a informação dizendo que não seria mais no voo das 9. (…) As fontes oficiais estão caladas. A gente consegue as informações pela beirada, com a empresa de logística, com um funcionário de segundo ou terceiro escalão. Agora, às 8 da manhã, a gente assistiu na TV o ministro da Saúde dizendo que todos os estados receberão as vacinas antes das 14h de hoje, para começar a vacinação ainda hoje. Aí eu já fico imaginando que vai chegar um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) aqui. As informações estão completamente soltas, a gente não consegue nenhuma fonte oficial. De qualquer forma, na hora que chegar, estamos aqui a postos”, afirmou.
Vilas-Boas reforçou que o estado está pronto para receber, armazenar e distribuir as doses. A infra-estrutura das 30 regiões de saúde inclui “uma sala grande, com ar-condicionado, gerador 24 horas e câmaras frigoríficas, científicas, que permitem o armazenamento de dezenas de milhares de vacinas”, segundo ele.
O secretário também explicou que o cronograma de imunização teve que ser alterado em função da quantidade reduzida de vacinas disponíveis: “Se nós fôssemos vacinar o que estava programado, seria 1,7 milhão de pessoas aqui na Bahia só na primeira fase. Então, após o redirecionamento, vamos vacinar idosos em instituições de permanência; profissionais de saúde das áreas de Covid; e a população de indígenas que vive em aldeias. Aqui na Bahia, estamos reservando 180 mil pessoas, são 360 mil doses. A segunda dose vai ficar guardadinha pra distribuirmos daqui a três semanas, porque não temos certeza de quando vai chegar o novo suprimento”.