Altos Papos

Moro colocou policial infiltrado em escritório de colaborador, revela ex-deputado estadual

O ex-juiz Sergio Moro determinou que fossem instaladas escutas no escritório do ex-deputado estadual do Paraná Tony Garcia e que um policial federal atuasse infiltrado no local. As medidas foram assinadas em 15 de dezembro de 2004 e reveladas pelo portal G1, nesta segunda-feira (2). 

Segundo o ex-deputado informou ao Supremo Tribunal Federal (STF), essa estrutura permitiu que Moro grampeasse autoridades com foro, como o então presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE) no ano de 2005, por mais de uma hora. 

Na decisão, Moro escreve que, para o andamento das investigações que começariam em 1º de fevereiro de 2005, seria necessário: “a) instalação de equipamento de escuta ambiental, preferivelmente áudio e vídeo, com capacidade para gravação por períodos longos, em duas salas e em estabelecimentos distintos. b) A provável utilização, por um período de cerca de seis meses de agente policial infiltrado como secretário de escritório de prestação de serviços”.

Ainda segundo Tony aos investigadores, o conteúdo dos grampos era entregue “em mãos” para Moro, sem passar inclusive pelo Ministério Público antecipadamente. Por meio de nota à imprensa, Moro disse que Tony Garcia é um criminoso condenado, que mente às autoridades. “Tony Garcia é um criminoso condenado. Não existe, nem nunca existiu gravação de magistrado, nem nunca foi solicitado dele gravações de autoridades com foro”, informou o ex-juiz.

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Por Metro1

Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado/Flickr