Após a saída de Fernando Azevedo e Silva do Ministério da Defesa, os comandantes das Forças Armadas Edson Pujol (Exército), Ilques Barbosa (Marinha) e Antônio Carlos Moretti Bermudez (Aeronáutica), fizeram o movimento de deixar os cargos à disposição, em solidariedade ao ex-ministro.
No entanto, o presidente Jair Bolsonaro se antecipou ao movimento e determinou as trocas no Exército, na Marinha e na Aeronáutica. A avaliação de militares é que Bolsonaro se antecipou ao movimento para evitar sair enfraquecido do episódio junto às três forças.
Em entrevista ao programa Altos Papos, nesta terça-feira (30), a deputada federal Dayane Pimentel (PSL-BA) contou que, diante da situação, se perguntou “meu Deus, o que vai acontecer?”, mas se tranquilizou ao perceber que “se as Forças Armadas se retiram, demonstra que não estão para servir ao governo, mas sim o estado e a nação”.
Para a parlamentar a situação é muito ruim, tanto se os comandantes pediram para sair quanto se foram demitidos, pois para ela a demissão viria se eles não estivessem satisfazendo as vontades do presidente Jair Bolsonaro, e “as expectativas do presidente não são as melhores para nós brasileiros”, assegurou.
Questionada sobre o relacionamento com os parlamentares, agora que faz oposição ao Governo Federal, Dayane conta que tem sofrido pressão e foi firme ao dizer que: “não tô para comer reggae de ninguém, nem do Presidente da República”.
“Eu estou no meu direito de criticá-lo. Apoiei com base nas bandeiras que ele defendia e eu também, mas hoje ele rebate. Ou a população se revolta de vez, ou a cada passo que o Bolsonaro der ficaremo temerosos de estarmos vivendo a venezuelização do nosso Brasil”, alerta a deputada.
Sobre as decisões de Jair Bolsonaro, a parlamentar as descreve como “nocivos, cruéis”, pois “atentam contra a saúde, a vida e a liberdade das pessoas”.
Confira a entrevista completa no PodCast Altos Papos.