As medidas de prevenção para o controle da proliferação dos mosquitos transmissores de doenças como dengue, zika e chikungunya continuam sendo fundamentais. No entanto, segundo o epidemiologista José Geraldo Ribeiro, que faz parte do Grupo Fleury, ainda existem alguns mitos relacionados ao combate desses vetores, especialmente em relação ao uso do fumacê como método eficaz.
“O mito mais comum é o do fumacê. O Brasil já investiu muito dinheiro nessa medida e não se vê resultado. O mosquito está dentro de casa, atrás do guarda-roupa, e não adianta passar na rua soltando inseticida que geralmente não chega até ele. A população valoriza quando o poder público utiliza o fumacê porque é algo visível. Mas, na prática, é um mito acreditar que isso contribui de forma significativa para o controle”, afirmou.
Ribeiro ressalta que a principal forma de combate ainda é a precaução dentro das residências. “Há uma enorme dificuldade de a população compreender que dengue, chikungunya e zika são doenças graves e que o combate ao mosquito é simples. Bastam 10 minutos por semana para revisar a casa. Se todos fizerem isso ao mesmo tempo, o impacto será muito grande”, disse.
No primeiro semestre de 2025 em Feira de Santana foram aplicadas cerca de 7.161 doses da vacina contra a dengue. Para ter acesso às vacinas, basta comparecer a uma das 103 salas de imunização com documento de identidade, cartão do SUS e a caderneta de vacinação.