Em entrevista ao programa Altos Papos, nesta segunda-feira, 12, a ativista indígena e jornalista Alice Pataxó disse estar muito feliz em compor a lista de 100 mulheres mais inspiradoras de 2022, uma iniciativa da BBC. A ativista baiana revelou que, diante do reconhecimento, pretende expandir o trabalho que realiza, apesar das inúmeras ameaças que já recebeu, sobretudo no que se refere à reivindicação de posses de terras.
“Infelizmente existem muitos riscos. A gente vive em um país que mais assassina lideranças indígenas e ativistas no mundo. Isso é muito preocupante! O Brasil e a Colômbia são os países que mais dominam a Amazônia e, mesmo assim, nosso país ainda é intolerante, nesse sentido, com ambientalistas. Eu já recebi muitas ameaças e hoje faz um ano que eu não volto pro meu território, pra minha aldeia. O medo existe, mas a luta é muito maior”, finalizou.
Sobre Alice Pataxó
Alice Pataxó nasceu em no município baiano de Eunápolis mas vive na Aldeia Craveiro, no município de Prado. A jovem de 21 anos possui, apenas no instagram, mais de 174 mil seguidores. Através das redes sociais , Alice desenvolve um trabalho de propagação de informação e debate de ideias sobre preconceito contra os povos indígenas, demarcação de território e a rotina do povo pataxó. o nome de Alice foi indicado para alista da BBC deste ano por outra mulher inspiradora: a ativista paquistanesa Malala, que fez parte da lista no ano passado.