Com a presença em todos os municípios do estado, o novo coronavírus acarreta agora uma sobrecarga maior nos hospitais e gera uma aceleração de contágio maior, segundo avaliação do governador Rui Costa feita à rádio BandNews. Na entrevista, o gestor respondeu que considera este o pior momento durante a pandemia, citando que o estado atingiu o maior número de internados em UTIs.
“O que mais preocupa não é só a fotografia de hoje, mas o ritmo de crescimento dos últimos dias, das últimas semanas”, acrescentou Rui. A Bahia não retomou os piores números em volume de mortos, mas tem 10 hospitais da rede estadual com 100% de ocupação.
Se os números da doença continuarem crescendo, uma alternativa planejada pelo governo é aumentar as restrições em serviços com níveis de contágio maior, “principalmente aqueles vinculados a atividades de consumo alcoolico e de ambientes confinados”. O comércio de alimentos será proibido e fiscalizado durante o toque de recolher,mas haverá flexibilização na área de saúde. “Qualquer circulação de pessoas para qualquer finalidade do ponto de vista da saude sera permitida mesmo em carros particulares”, afiançou o governador baiano.
Perguntado sobre a fiscalização nas divisas com outros estados, o gestor baiano criticou a falta de planejamento e ação do governo federal. Rui lembrou, à BandNews, episódio do ano passado em que a Anvisa proibiu a fiscalização nas pessoas que chegam ao estado pelo aeroporto de Salvador. “Impressionante a insensibilidade e a falta de respeito àss vidas humanas destas autoridades quando elas deixam à própria sorte estados e municípios (na fiscalização de divisas e limites)”, concluiu.