O trauma na face por acidente de moto revela um dos riscos de quem anda sobre duas rodas e acende o alerta em relação aos cuidados. As motocicletas são veículos rápidos e leves, que facilitam o deslocamento no trânsito caótico das cidades.
Essa agilidade, associada ao descumprimento da legislação de trânsito, leva a uma grande incidência e gravidade das fraturas faciais. A motocicleta tornou-se o meio de transporte individual mais popular do Brasil, com mais de 14 milhões de veículos em circulação, o que corresponde a 25% da frota nacional.
Em entrevista ao programa Altos Papos, nesta terça-feira, 4, o cirurgião bucomaxilofacial, Dr. Gilmar Rocha, alerta que esse “é um problema. Os números são expressivos e o tempo de recuperação vai depender da amplitude do trauma”.
O cirurgião explica que “quando o paciente tem muitas fraturas, mais difícil é o tratamento. Pode levar até meses o paciente ser reabilitado, se submetendo a cirurgias e terapias […] Um atendimento multidisciplinar, que fica ocupando muito tempo numa vaga no hospital”.
No Brasil, a causa mais frequente de fraturas e ferimentos faciais graves é o acidente de trânsito, em especial envolvendo motocicletas, que se tornam mais complexos quando estão associados ao uso de álcool, responsável por aproximadamente 70% dos casos de acidentes violentos com mortes no trânsito.
Dr. Gilmar pontua também que “nesse período, a chuva favorece a queda e os acidentes automobilísticos” e, apesar de serem comuns, “o trauma é desafiador por conta da característica de urgência”.
Confira a entrevista completa no PodCast Altos Papos.