A Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), rede de organização política de pessoas transsexuais no Brasil, denunciou neste domingo, 01, que a presidenta da entidade, Keila Simpson, foi presa no Aeroporto Internacional do México e impedida de entrar no país porque a expressão de gênero de Keila não corresponde ao nome que consta na documentação.
Segundo a entidade, Keila viajou ao México para participar como convidada do Fórum Social Mundial representando o Brasil através da Antra e da Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais (Abong).
Com o apoio de uma advogada local foi protocolada uma medida cautelar para impedir a deportação da ativista. Nas redes sociais, a Antra tenta mobilizar autoridades e órgãos governamentais brasileiros.
“Precisamos mobilizar as redes e o estado brasileiro para que acompanhe o caso a fim de que tudo se resolva da melhor forma possível e as violações a que Keila foi submetida não fiquem impunes.”, informa a publicação.
Internautas marcaram o perfil do Itamaraty na publicação do instagram, em busca de apoio. A vereadora de São Paulo Erika Hilton também comentou. “Que absurdo! Se precisarem de algo estamos a disposição. Que tudo termine da melhor forma.”, disse.
Keila Simpson tem 60 anos de idade e foi a primeira travesti a ser eleita para presidir o Conselho Nacional de Combate à Discriminação e Promoção dos Direitos de LGBT, um conselho de âmbito âmbito nacional. Ativista que lutou por anos pela conquista do direito ao nome civil dos transexuais, foi condecorada com o Prêmio Direitos Humanos, concedido pela então presidente Dilma Rousseff em 2014 e hoje é presidente da Antra.
