Altos Papos

Pressionada, Daniela Carneiro pode entregar o cargo de ministra do Turismo nos próximos dias

Segundo apuração feita pela GloboNews, a ministra do Turismo, Daniela Carneiro, deve entregar o cargo nos próximos dias.

O União Brasil, partido do qual Daniela pediu desfiliação, tem pressionado o governo e a ministra para ficar com o cargo. A legenda quer emplacar o deputado Celso Sabino (União-PA) na função.

A substituição deve ocorrer até a próxima terça-feira, 4, uma vez que, na semana que vem, a Câmara dos Deputados votará propostas importantes para o Executivo, como:

  • o novo marco fiscal
  • projeto que estabelece regra pró-governo em caso de empate nos julgamentos do Conselho de Administração de Recursos Fiscais (Carf)

Para aprovar as propostas, o governo quer contar com apoio da bancada do União Brasil, que tem cobrado mais espaço na Esplanada dos Ministérios, em especial pasta do Turismo.

Saída adiada

O União Brasil avalia que a indicação de Daniela Carneiro para o Ministério do Turismo foi uma escolha pessoal de Lula, uma “gratidão” do petista com a ministra e o marido, Waguinho (Republicanos), prefeito de Belford Roxo (RJ), que o apoiaram nas eleições de 2022 contra Jair Bolsonaro.

Nos bastidores, líderes da legenda já disseram várias vezes que não se sentem representados pela ministra no governo e que, por isso, querem indicar um ministro que tem o apoio da bancada na Câmara. No caso, Celso Sabino.

Até o momento, a ministra tem resistido a entregar o cargo. E Lula quer evitar o constrangimento de uma demissão.

Inicialmente, o impasse deveria ter sido resolvido antes da viagem de Lula à Europa, que ocorreu no dia 19 de junho. A resolução foi adiada para depois da volta do petista.

Mas, no dia seguinte ao desembarque de Lula, no último domingo, 25, Daniela embarcou para Portugal, para participar de um fórum jurídico. A troca, então, foi novamente adiada.

Agora, deputados e, até aliados de Lula, avaliam que não há mais espaço para adiamentos e que a substituição precisa ocorrer para melhorar a relação do governo com o Congresso, sobretudo, em um momento de votações importantes para a equipe econômica.

Por g1

Foto: Pedro França/Agência Senado