O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse nesta quarta-feira que o risco de uma guerra nuclear está crescendo, mas que seu país “não enlouqueceu” e só usaria as armas atômicas para fins de defesa. A invasão na Ucrânia, já no décimo mês, pode ser um “processo longo”, admitiu também o chefe do Kremlin, antes de rechaçar especulações de que uma nova mobilização militar esteja à vista.
Putin participou de uma sessão anual televisionada de seu Conselho de Direitos Humanos, onde acusou o Ocidente de ver a Rússia como um “país de segunda classe que não tem qualquer direito de existir”. A resposta russa, disse ele, deve ser uma “luta persistente pelos nossos interesses nacionais”, afirmando que usará mão de “todos os recursos disponíveis” para defender seu território.
O presidente, contudo, disse que seu país não fará “os primeiros ataques nucleares”, mas não descarta usar os artefatos para sua autodefesa. Ele também disse que não fará uso de armas atômicas táticas, menos potentes que as convencionais, afirmando que não as enviou para nenhum outro país, ao contrário dos Estados Unidos.
“Nós não enlouquecemos, sabemos bem o que são armas nucleares”, disse Putin. “Nós temos esses meios em formas mais avançadas e modernas que outros países, este é um fato óbvio. Mas não vamos correr pelo mundo usando-a como uma navalha”.
Por Bahia.Ba
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